quinta-feira, 10 de maio de 2012

Todo mundo pode ser líder?

Este texto poderia começar com o título “Liderança é um dom?” ou “Pode-se aprender a ser líder?”. Já foram discutidos por aqui em três textos os aspectos e cuidados com a liderança jovem dos grupos da pastoral (O que é ser líder, Liderança jovem e Cuidados com os líderes). Contudo é preciso deixar bem clara a resposta para a pergunta título.

Pode qualquer jovem acanhado, que ingressa hoje num grupo de uma comunidade afastada, lá na periferia de qualquer cidade que nós conheçamos vir a se tornar um líder pastoral conhecido, ou mesmo uma grande liderança em sua comunidade local?

A Pastoral da Juventude crê que sim. Liderança não é algo que somente vem das características pessoais que herdamos. É algo indiscutivelmente fruto de um meio. Claro que ser uma pessoa carismática ajuda muito, mas algumas características pessoais podem ser incentivadas para que o jovem chegue a ser uma liderança expoente. Aponto sete destas características.

  1. Ambição e energia – fomos acostumados a achar que ambição é algo ruim. Talvez seja se considerarmos ambição como algo mais egoísta. Por outro lado, ela pode ser considerada um motor para aqueles que querem que as coisas sejam melhores, para aqueles que não se conformam com a situação cômoda. É o desejo de alcançar o objetivo. Um líder sabe que pode alcançar além e tem gana, vontade, desejo e energia para lutar por isso
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  3. Desejo de liderar – um bom líder não quer sê-lo só pelo prazer de ter a posse do poder. Na verdade, ele compartilha desse poder com as outras pessoas, ou seja, o desejo sincero de liderar está em inspirar outras pessoas e não dar ordens a elas. Eles inspiram e movem as pessoas a usarem sua própria iniciativa, criatividade e experiência. Um bom líder faz emergir muitos talentos ao seu redor
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  5. Honestidade e integridade – outra característica pessoal que pode contribuir para o desenvolvimento de uma boa liderança é o testemunho de ser uma pessoa honesta e íntegra. Quem é coerente é digno de ser ouvido e respeitado. Quem não se deixa corromper é um exemplo a ser seguido e imitado.
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  7. Autoconfiança – o jovem pode ser uma boa liderança pastoral se demonstra que confia nos passos que dá e não é uma pessoa temerosa em tomar decisões. Outros jovens seguem quem demonstra saber para onde vai e tem dificuldades em acreditar naqueles que vacilam para dar passos futuros.
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  9. Inteligência – um jovem inteligente analisa os passos que o grupo dá e é capaz de apontar alternativas que os demais ainda não deram. Se ele não demonstra suas capacidades de forma arrogante, tem grandes chances de ser bem respeitado e seguido em suas opiniões.
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  11. Conhecimento técnico – é a chamada liderança prática. É o jovem com determinadas experiências prévias e que é respeitado por aquilo que sabe ou fez. Se conseguir ir além daquilo que já praticou na vida e tem a capacidade de aprender com os novos desafios, será uma grande e preciosa liderança.
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  13. Automonitoramento – O jovem que tem a flexibilidade para ajustar seu comportamento a diferentes situações é um líder em potencial, já que esta é uma característica importantíssima nas relações. Não se trata de uma hora fingir uma coisa e em outra situação se portar de maneira diferente. A questão aqui é saber se portar, falar, agir e convencer de acordo com o ambiente e com as pessoas que estão nele, sem deixar de ser coerente.
Você crê que a capacidade de querer ir além, que o desejo de liderar, que a integridade e honestidade, que a autoconfiança e a inteligência, que o conhecimento técnico e o automonitoramento podem ser aprendidas ou desenvolvidas? Se sim, você também crê que ser líder é uma característica possível de se aprender e desenvolver.

Num curso que fiz, aprendi que “Liderar é construir pontes. Pontes que nos ajudam a ir de onde estamos para onde precisamos estar. Pontes feitas de esperanças e de oportunidades”. E neste mesmo curso outra frase significativa foi que “o líder é alguém que você escolhe seguir para ir a um lugar em que você não iria sozinho”.

E, se é assim mesmo, que possamos desenvolver nos grupos que acompanhamos ótimos construtores de pontes, excelentes portadores de esperança, mestres e apontar oportunidades e, principalmente, grandes amigos e companheiras para serem guias e companhias na travessia de suas e nossas histórias.
 

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